Ativismo e cultura de marca: engajamento ou oportunismo?

A cultura de marca é um dos pilares de atuação de qualquer empresa e, para ter sucesso, é preciso encará-lo com a seriedade necessária.

Nesse sentido, é importante questionar o quanto o recente ativismo de diversos empreendimentos é sincero, transparente e benéfico para o seu posicionamento no mercado.

Ou seja: quando esse tipo de postura deixa de ser uma iniciativa válida para se tornar uma estratégia oportunista?

Para saber mais sobre a relação entre ativismo e cultura de marca, continue a leitura!

 

Entenda a diferença entre ativismo e cultura de marca

A cultura de marca, de modo geral, corresponde à junção de diversos elementos, como sua identidade, seus valores e a forma como se posiciona no seu nicho.

Nesse sentido, ela não diz respeito, necessariamente, a nenhum tipo de defesa de causas sociais ou qualquer tipo de envolvimento em assuntos que afetam a vida da população.

Na verdade, essas são atribuições do ativismo, um tipo de conduta que envolve adesão a certos debates sobre pautas sociais, geralmente em defesa de grupos minoritários.

Ainda assim, é possível aliar esses dois elementos, quando essas causas são um ponto importante para a atuação da empresa.

Isso se aplica, por exemplo, quando uma marca estabelece que a igualdade, o respeito e a coletividade são alguns de seus valores, o que faz com que se envolva em certas causas sociais.

 

Quando o apoio às causas se torna oportunismo?

Afinal, quando se confundem os limites entre adotar uma cultura de marca ativista e simplesmente ser oportunista?

A pesquisa Global Marketing Trends 2022 apontou que 94% dos consumidores da Geração Z, ou seja, aqueles que têm entre 18 e 25 anos, querem que as empresas estejam envolvidas em debates sociais.

O mesmo estudo também mostrou que 57% dos consumidores são mais leais a empresas que se importam com esse tipo de pauta, porque criam um vínculo com a marca.

Isso pode ser novidade para algumas pessoas, mas quem está no mercado há mais tempo já deve ter notado essa tendência.

Por isso, muitas empresas acabaram adotando a conduta de apoiar certas causas sociais, por meio de campanhas publicitárias e em sua presença digital, mas isso nem sempre é algo aplicado no dia a dia das companhias.

Assim, não é difícil encontrar casos em que o discurso adotado não condiz com as práticas cotidianas da empresa.

Isso acontece, por exemplo, quando uma organização apoia campanhas em defesa dos direitos da população negra, mas não contrata pessoas negras ou não as coloca em cargos de destaque.

Dessa forma, o discurso se torna vazio e passa a funcionar de forma oportunista, sendo aplicado somente para atrair os consumidores.

 

Descubra maneiras de aliar o ativismo à cultura de marca da forma correta

Para evitar condutas oportunistas, basta que a cultura de marca adotada seja condizente com as suas práticas no mercado.

Por exemplo, se você enxerga um problema social e deseja apoiar a causa, o primeiro passo é encarar seus próprios processos e identificar de que maneira você pode contribuir para a solução desse problema.

Nesse processo, reveja suas operações internas, envolva os colaboradores e procure entender como você pode começar essa mudança de dentro para fora.

Ficu com alguma dúvida sobre o tema? Entre em contato com a Uttara e converse com a Patricia Canarim!